A justiça é a primeira forma de caridade. E o exercício da
justiça é um empenho de vida apostólica – recordou o Papa Francisco, ao receber
nesta sexta-feira, no Palácio Apostólico, os cinquenta e cinco participantes na
Assembleia Plenária do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, que tem como
tema a promoção de uma defesa eficaz do vínculo matrimonial nos processos
canônicos de nulidade.
A este propósito, o Santo Padre centrou as suas atenções sobre
o ministério do “Defensor do Vínculo”, cuja presença e intervenção – recordou -
são obrigatórios ao longo de todo o processo para uma eventual declaração de
nulidade. Um serviço importante que deve ser exercido com empenho e solicitude.
O Defensor do vínculo que quer prestar um bom serviço não
pode limitar-se a uma rápida leitura das actas, nem a respostas burocráticas e
genéricas. Na sua delicada tarefa, está chamado a procurar harmonizar as
prescrições do Código de Direito Canônico com as situações concretas da Igreja
e da sociedade.
O Papa Francisco sublinhou que “o cumprimento fiel e pleno do Defensor do vínculo não constitui uma pretensão lesiva das prerrogativas do juiz eclesiástico”. Por isso, quando “exercita o dever de fazer apelo até mesmo para a Rota Romana, contra uma decisão que considera lesiva da verdade do vínculo”, a sua tarefa não interfere com a do juiz.
Mais ainda: os juízes podem encontrar uma ajuda para a sua atividade na atividade cuidadosa de quem defende o vínculo matrimonial.
O Concílio Ecumênico Vaticano II definiu a Igreja como comunhão. É nesta perspectiva que há que encarar tanto o serviço do Defensor do vínculo como a consideração que lhe é devida, num diálogo atento e respeitoso.
Para além dos participantes na assembleia plenária do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, o Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, em audiências sucessivas:
- a Presidente da República da Costa Rica, Laura Chinchilla, com o séquito;
- e o cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os
Bispos.
O director da Sala da Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou que o Santo Padre receberá na tarde do próximo dia 25 de novembro o presidente russo, Wladimir Putin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário