domingo, 29 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO

ANO A - DIA 29/12


Herodes procura o menino para matá-lo - Mt 2,13-15.19-23

Depois que os magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito; e lá ficou até a morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho”. Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois já morreram aqueles que queriam matar o menino”. Ele levantou-se, com o menino e a mãe, e entrou na terra de Israel. Mas quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Depois de receber em sonho um aviso, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado nazareno”.

SANTO DO DIA 29 de Dezembro - Sagrada Família

O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio de uma verdadeira família.



O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada pela fé e os bons costumes. Ele escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada Família foi constituída. 

Deus Pai enviou Jesus com a natureza divina e a natureza humana: o Verbo encarnado, trazendo a sua redenção para todos os seres humanos. Ou seja: a salvação do ser humano somente se dá através de Jesus, quem crer e seguir terá a vida eterna no Reino de Deus. 

Assim,Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional. Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo Criador. 

A única diferença, que a tornou a "Sagrada Família", foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo assim,não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as profecias se cumprissem. 

A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão. 

Lá, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido de Maria, operou o milagre do vinho. 

Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia. 

Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro, fútil e superficial. 

Esta celebração serve para que todas as famílias se lembrem da humilde Sagrada Família, que mudou o rumo da humanidade. Ela representa o gesto transcendente de Deus, que se acolheu numa família humana para ensinar o modo de ser feliz: amar o próximo como a nós mesmos. A Igreja comemora a festa da Sagrada Família em data móvel, no domingo após o Natal, ou, alternativamente, no dia 29 de novembro

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 19 DE DEZEMBRO


Anúncio do nascimento de João Batista - Lc 1,5-25

No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote, chamado Zacaria... Sua esposa ... chamava-se Isabel. Ambos eram justos diante de Deus e cumpriam fielmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade avançada. Ao exercer as funções sacerdotais diante de Deus, (...) apareceu-lhe o anjo do Senhor e lhe disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho, e tu lhe porás o nome de João. [...] Zacarias disse ao anjo: “Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada”. O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel [...] Eu fui enviado para falar contigo e anunciar-te esta boa nova. E agora, ficarás mudo, sem poder falar até o dia em que estas coisas acontecerem, já que não acreditaste nas minhas palavras, que se cumprirão no tempo certo”. O povo estava esperando Zacarias e se admirava com sua demora no Santuário. Quando saiu, não podia falar, e perceberam que ele tivera uma visão no Santuário. Zacarias se comunicava com eles por meio de gestos e permanecia mudo. Passados os dias do seu ofício, ele voltou para casa. Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida e permaneceu escondida durante cinco meses; ela dizia: “Assim o Senhor fez comigo nestes dias: ele dignou-se tirar a vergonha que pesava sobre mim”.

SANTO DO DIA 19 de Dezembro - Santo Urbano V

Santo Urbano V
Papa
1362-1370

O Papa Urbano V assumiu o cargo em 1362, numa época em que a Europa sofria agitações sociais muito intensas. Numa tentativa de manter o pontífice longe das intrigas e das lutas políticas e revolucionárias, que dominavam Roma, a sede da Igreja fôra transferida para Avignon, na França. 

Urbano era monge beneditino e pertencia a uma nobre família francesa. Quando jovem estudou ciências jurídicas e depois lecionou direito em Montpellier e na própria Avignon. Um dia, trocou a laureada toga pelo humilde hábito de monge, chegando a ocupar altos cargos dentro da Ordem beneditina.

Sua biografia é cheia de adjetivos elogiosos: "professor emérito, estudioso de renome, abade de iluminada doutrina e espiritualidade". Por tudo isso foi escolhido pelo Papa Inocêncio IV para desempenhar missões diplomáticas delicadas. Pelo mesmo motivo, quando Inocêncio morreu, foi eleito seu sucessor, mesmo não sendo cardeal.

Seu pontificado durou somente oito anos, mas caracterizou-se, segundo os registros oficiais, pela sábia administração, pelo esforço de renovar os costumes e pela nobreza de intenções. Ele reformou a disciplina eclesiástica e reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã, cortando pela raiz muitos abusos. Mas também se preocupava com a instrução do povo. Era o período do humanismo e o ex-professor de direito não mediu esforços para promover as ciências e criar novos centros de estudos. A pedido do rei da Polônia, ergueu e fundou a universidade da Cracóvia e, na universidade de Montpellier, fundou um colégio médico, ajudando pessoalmente estudantes pobres.

No terreno político e militar seu trabalho também foi reconhecido. Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ameaçavam a Europa. No plano missionário, enviou numerosos grupos de religiosos às regiões européias ainda necessitadas de evangelizadores, como a Bulgária e a Romênia. Além de organizar uma expedição missionária para levar a palavra aos mongóis da longínqua Ásia.

O grande sonho do Papa Urbano V, porém, era levar de volta a sede da Igreja para Roma. Conseguiu isso, em outubro de 1367, sendo recebido com entusiasmada aclamação popular. Foi o primeiro a se estabelecer no palácio ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. E, desde então, se tornou a residência oficial dos pontífices. Mas a paz durou pouco. Alguns anos depois Urbano V foi novamente obrigado a deixar Roma, e voltar para Avignon, onde faleceu em 19 de dezembro de 1370.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Igreja não é um refugio para gente triste, é a casa da Alegria - Papa no Angelus




RealAudioMP3 

Neste terceiro domingo do Advento, designado Domingo da Alegria, não obstante a chuva e o frio, a Praça de São Pedro estava repleta também de crianças dos oratórios, paróquias, e escolas de Roma com as suas estatuínhas do Meninos Jesus para serem benzidos pelo Papa antes de serem colocados nos presépios. E a elas o Papa dirigiu uma especial saudação depois da Oração mariana do Angelus, pedindo-lhes para se recordarem dele quando rezarem perante o Presépio, assim como ele também se recorda delas… 

E neste período de Advento centrado na espera do nascimento do Deus Menino, foi precisamente sobre o convite à alegria que ressoa na liturgia deste domingo, que o Papa centrou a sua reflexão antes da oração das Avé Marias, dizendo que tal como uma mãe, a Igreja encoraja a prosseguir com confiança o itinerário espiritual para podermos celebrar com renovada exultação a festa do Natal. 

Recordando que a mensagem cristã se chama “Evangelho”, que quer dizer “Boa Nova”, é um anuncio de alegria para todos, o Papa disse: 

A Igreja não é um refugio para gente triste, a Igreja é a casa da alegria. “

Citando depois o profeta Isaias, o Papa disse que não se trata duma alegria qualquer; é uma alegria que vem do saber que todos somos amados, que Deus veio para nos salvar, sobretudo os que se encontram desviados de coração. Ele vem para nos tornar robustos, firmes, para nos dar coragem, para fazer florescer o deserto e a estepe, isto é a nossa vida quando se torna árida, sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor… 

E por maior que sejam os nossos limites não nos é consentido ser fracos, vacilar – frisou o Papa, recordando que não devemos nunca temer porque o nosso Deus mostra-nos sempre a grandeza da sua misericórdia. Com a sua ajuda podemos sempre recomeçar, reabrir os olhos, ultrapassar a tristeza e as lágrimas e entoar um cântico novo. Podemos recomeçar, insistiu o Papa, fazendo notar mais uma vez que não obstante os nossos pecados, Deus é misericordioso para connosco… 

E essa alegria do encontro com Deus, permanece sempre, mesmo nas provações, e vai ao profundo do coração de quem se entrega a Deus e confia n’Ele… 

A alegria cristã, tal como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas” . 

O Papa disse ainda que quem encontrou Cristo na sua vida, sente uma grande serenidade e uma alegria de que ninguém lhes pode privar… 

A nossa alegria é Cristo, o seu amor fiel e inexaurível”. Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. E nesse caso é preciso não deixá-lo só. Devemos rezar por ele, fazer-lhe sentir o calor da comunidade” . 

E o Papa rezou a Nossa Senhora a quem o Anjo disse “Alegra-te ó cheia de Graça, o Senhor está contigo” para que nos ajude a viver na alegria do Evangelho na nossa família, no trabalho, paróquia e em qualquer contexto… Aquele alegria e ternura que qualquer mãe sente quando olha para o seu recém-nascido, um dom de Deus pelo qual agradecer. 

Como dizíamos, depois do Angelus o Papa saudou as crianças . Mas saudou também um grupo de jovens da Zâmbia, desejando que se tornem “Pedras vivas” para construir uma sociedade humana, desejo que alargou a todos os outros jovens presentes.

Depois do Angelus o Papa deslocou-se à Aula das Bênçãos para saudar a comunidade de Vila Nazaré que ali tinha celebrado a Santa Missa. 

RealAudioMP3 

Papa recebe peregrinos da Baviera e agradece a Árvore deste Natal




RealAudioMP3 
Desde há dias que se encontra montada na praça de São Pedro, como é tradição, a Árvore de Natal, este ano oferecida pela cidade Waldmunchen, da Baviera. Ao anoitecer, pelas 16.30, procedeu-se-á ao acender das luzes que a ornamentam.

Ao meio-dia, o Santo Padre recebeu no Palácio do Vaticano umas 350 alemães da Baviera, vindos a Roma em peregrinação, nesta circunstância. Para além das autoridades civis, presentes também o bispo de Regensburg, na Alemanha, e o da diocese checa do outro lado da fronteira, a diocese de Plzen. Isto porque – como teve ocasião de observar o Papa – esta árvore é “internacional” – tendo crescido mesmo na zona fronteiriça. 

Agradecendo este dom – assim como outros pinheiros mais pequenos, destinados a diferentes locais do Vaticano – o santo Padre evocou “a proximidade espiritual e a amizade que ligam toda a Alemanha, e em particular a Baviera, à Santa Sé, no suco da tradição cristã que fecundou a cultura, a literatura e a arte – disse – da vossa nação e de toda a Europa”.

O Papa Francisco quis desejar, desde já, a todos feliz Natal. Os pastores que receberam o anúncio do nascimento do Salvador foram –segundo o Evangelho – envolvidos numa grande luz…

Também hoje Jesus continua a dissipar as trevas do erro e do pecado, para comunicar à humanidade a alegria da fulgurante luz divina, da qual a árvore natalícia é sinal e apelo. Deixemo-nos envolver pela luz da sua verdade, para que ‘a alegria do Evangelho encha o coração e toda a vida daqueles que se encontram com Jesus”. 


A árvore de Natal é um abeto, que tinha chegado há uma semana à Praça de São Pedro. Com 25 metros de altura, com 98 cm de base e 7,2 toneladas de peso, foi cortado na segunda-feira (02) e já está a caminho de Roma. Após o Natal a árvore será desmontada e a madeira do tronco, como acontece há já alguns anos, será utilizada para realizar pequenos objetos de uso quotidiano e brinquedos.


Papa visita Centro de Saúde para Crianças, no Vaticano, encontrando famílias e voluntários




RealAudioMP3 
Há no Vaticano, quase ao lado da Casa de Santa Marta, um Centro de Saúde destinado às crianças – o Dispensário Pediátrico Santa Marta. Uma instituição criada em 1922, confiada pelo Papa Pio XI à responsabilidade das Irmãs de São Vicente de Paulo. Ali são assistidos milhares de crianças carecidas: assistência médica, apoio psicológico e distribuição de bens de primeira necessidade. 
Ali se deslocou hoje em visita o Papa Francisco, que se encontrou depois, num segundo momento, na Aula Paulo VI, com as famílias e os voluntários. A saudar o Papa Francisco, nesta visita, para além da Responsável, Irmã Antonieta, foi uma mãe de família, peruana, que concluiu falando em espanhol… 

Muy buenos dias, Papa Francisco! Muchissimas gracias por regalarnos esta mañana… Muchas gracias, Santo Padre y feliz Navidad

O Papa esteve com as pessoas, com a simplicidade e o afecto que todos lhe conhecem, concluindo dizendo apenas uma palavra de obrigado por este encontro, pelo amor e pela alegria manifestada com estas crianças… e mesmo pela torta que lhe ofereceram…

Grazie….

Atualmente são 270 as famílias que beneficiam dos serviços deste Centro de Saúde. Só neste ano de 2013 registaram-se 3.500 consultadas médicas, asseguradas pelos 22 médicos que ali prestam serviço como voluntários, e ainda 120 colóquios com novas famílias que se apresentaram. Os beneficiários provêm de todo o mundo (com destaque para a América Latina, Leste Europeu, Médio Oriente e Ásia) e professam diversas religiões. Bento XVI visitou esta Instituição em Dezembro de 2005. ~




EVANGELHO DO DIA 16 DE DEZENBRO

ANO A - DIA 16/12


A autoridade de Jesus - Mt 21,23-27

Jesus voltou ao templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele, perguntando: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu essa autoridade?” Jesus respondeu-lhes: “Eu também vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço isso. De onde era o batismo de João, do céu ou dos homens?” Eles ponderavam entre si: “Se respondermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ Se respondermos: ‘Dos homens’, ficamos com medo do povo, pois todos têm João em conta de profeta”. Então lhe responderam: “Não sabemos”. Ao que ele retrucou: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

SANTO DO DIA 16 de Dezembro - Santa Adelaide

Santa Adelaide
Século X

Narrada por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos.

Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino.

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo, o abade passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 12 DE DEZEMBRO

ANO A - DIA 13/12


Quem é este que come e bebe com os pecadores? - Mt 11,16-19


“Com quem vou comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras: ‘Tocamos flauta para vós, e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes!’ Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Tem um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras.”

SANTO DO DIA 13 de Dezembro - Santa Luzia ou Lúcia

Santa Luzia ou Lúcia
Século IV



Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Nápoles. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família napolitana de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

domingo, 8 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 08 DE DEZEMBRO

ANO A - DIA 08/12


Anúncio do nascimento de Jesus - Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” O anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível”. Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se de junto dela.

SANTO DO DIA 08 de Dezembro - Imaculada Conceição de Maria

Imaculada Conceição de Maria


O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.

A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.

A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.
Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

sábado, 7 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 07 DE DEZEMBRO


Jesus tem compaixão do povo - Mt 9,35–10,1.6-8

Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa-Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade. “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

07 de Dezembro - Santo Ambrósio

Santo Ambrósio
Século IV



Conselheiro e pai espiritual de três imperadores romanos, Graciano, Valentiniano II e Teodósio I, Ambrósio é o símbolo da Igreja nascente, após os sofridos anos de perseguições e vida escondida. Foi graças à sua atuação que a Igreja de Roma conseguiu tratar com o poder público sem servilismo.

Tanto que Ambrósio chegou a repreender asperamente o imperador Teodósio I, obrigando-o a fazer uma penitência pública por ter massacrado a população da Tessalônica para conter uma revolta. A sua figura representa o ideal de bispo pastor, que se deve impor como símbolo de liberdade e de pacificação para o Povo de Deus.

Nasceu em Trèves, atual Alemanha, por volta do ano 339. Era de família cristã: seu pai era alto funcionário do Império Romano, governador de uma província do outro lado dos Alpes, no norte da Itália. Quando o pai morreu, a família foi para Roma, onde Ambrosio estudou direito, retórica e iniciou sua carreira jurídica.

Certa vez, estava em Milão quando o bispo morreu. Bom jurista e funcionário imperial, procurou evitar um conflito nas novas eleições eclesiásticas com um discurso firme e muito sensato. Foi tão sereno e equilibrado que, ao final, a assembléia o aclamou o novo bispo de Milão. Muito surpreso, recusou, dizendo que essa não era a sua intenção, até porque era um pecador, e não era ainda batizado, ainda se preparava para esse sacramento. Mas não adiantou. Logo foi batizado e consagrado.

Desde então, dedicou-se com afinco ao estudo das Sagradas Escrituras. Não era intelectual, mas suas obras litúrgicas, comentários sobre as Escrituras e tratados ascético-morais o fizeram especialista da doutrina cristã e da arte de administrar a comunidade cristã a ele confiada.

A marca do seu apostolado foi impressa pela importância que deu aos valores da virgindade de Maria e dos mártires de Cristo. Considerado o pai da liturgia ambrosiana, recebeu com mérito o título de doutor da Igreja.

Os livros de sua autoria que chegaram até nós são, quase todos, a reprodução de suas pregações e sermões. Agostinho, convertido por ele e um dos seus ouvintes freqüentes, conta que o prestígio dos sermões do bispo Ambrósio de Milão era enorme, graças ao eficaz tom de voz e sua eloqüência com a escolha das palavras. Por isso foi chamado de "o apóstolo da amizade".

Morreu em Milão, em 4 de abril de 397, uma Sexta-Feira Santa. Santo Ambrósio é venerado no dia 7 de dezembro, data em que, no ano 374, foi aclamado pela população bispo de Milão.

O teólogo é "pioneiro" do diálogo entre a Igreja e as culturas - Papa à Comissão Teológica Internacional


O Papa recebeu ao fim da manhã desta sexta-feira, em audiência, juntamente com o Presidente, D. Muller, os Membros da Comissão Teológica Internacional, que acabavam de terminar a sua Sessão Plenária.

No discurso que lhes dirigiu, o Papa pôs em realce a importância do serviço eclesial dos teólogos para a vida e missão do Povo de Deus. Citando o recente documento dessa mesma Comissão “A Teologia hoje: perspectivas, princípios, critérios” Francisco disse que a teologia é ciência e sapiência e que, como ciência “utiliza todos os recursos da razão iluminada pela fé a fim de penetrar na inteligência do mistério de Deus revelado em Jesus Cristo”.

No aspecto da sapiência, tal como Nossa Senhora que “meditava tudo no seu coração, também o teólogo – prosseguiu o Papa - procura trazer ao de cima a unidade do projecto do amor de Deus e se empenha em mostrar como as verdades da fé formam uma unidade harmonicamente articulada

Além disso, o teólogo tem também a tarefa de “ouvir atentamente, discernir e interpretar as diversas linguagens do nosso tempo, e saber avaliá-los à luz da Palavra de Deus, a fim de que a verdade revelada seja compreendida”.

Os teólogos são portanto – prosseguiu o Papa – os “pioneiros” do dialogo entre a Igreja e as culturas. Um diálogo que deve ser ao mesmo tempo crítico e benévolo, e favorecer o acolhimento da Palavra de Deus por parte dos homens de todas as nações raças, povos e línguas”

Temas como as relações entre o monoteísmo e a violência, actualmente no centro da atenção dos teólogos - disse o Papa – vão nesta linha, isto é, a revelação de Deus é realmente um Boa Nova para todos, não uma ameaça.

A fé no Deus único não pode gerar violência e intolerância. A Revelação de Deus em Jesus Cristo torna impossível qualquer recurso à violência em seu nome - frisou o Papa Francisco, recordando que a Doutrina Social da Igreja baseia-se precisamente na Palavra de Deus, acolhida, celebrada e vivida na Igreja. E a Igreja deve dar testemunho disso, vivendo-a antes de mais no seu seio, e construindo um modelo de vida atractivo para todas as comunidades humanas.

A Igreja pelo dom do Espírito Santo possui o sentido da fé e é tarefa dos teólogos - disse o Papa – “elaborar os critérios que permitem discernir as expressões autenticas do sentido da fé. Por seu lado o Magistério tem o dever estar atento ao que o Espírito diz à Igreja através das manifestações autenticas do sentido da fé".

O Papa concluiu dizendo aos teólogos que a sua missão é ao mesmo tempo “fascinante e arriscada”, na medida em que, se por um lado e ensino da Teologia pode tornar-se num caminho de santidade, por outro comporta a tentação da aridez do coração, o orgulho e mesmo a ambição, relegando para segundo plano a oração, a devoção, a humildade.

Natal: tempo de uma nova alegria


Estamos acostumados a vivenciar o natal como um momento onde as famílias se reúnem somente para a troca de presentes e conversas e dividir a mesa nesse dia. Também com as festas que nesse tempo acontecem: confraternizações, amigo-secreto, montagem da árvore de natal, papai-noel, etc. Com tudo isso nos alegramos, são momentos bons que marcam nossas vidas. É importante para nossa vivência.
Contudo, isso é passageiro; esquecemos, no meio de tudo isso, algo especial, ou melhor, alguém especial e essencial para o festejar.
No natal festejamos a festa do transbordamento da alegria, do mistério, do seja bem-vindo. Festejamos o nascimento do Filho de Deus, o Menino-Jesus. Depois de uma longa espera, anunciada por muitos, esperada por poucos, o mistério da encarnação do Filho de Deus se torna efetivo entre nós. Podemos dizer “Deus feito homem, mora, agora, conosco, para nos acolher e nos alegrar”, assim como anunciou o anjo aos pastores sobre o nascimento de Jesus: “não temais, eis que vos anuncio uma boa-nova que será alegria para todos os povos: hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10-11). Alegria para todos. Para Maria, que acolheu a alegria no seu seio, para José, que vislumbrava o mistério, para os pastores que ali estavam e para os magos que posteriormente chegaram.
Aí está a nossa verdadeira alegria, o início de uma vida nova. Isso deveria estar no centro de nossas atenções, mas, em vez disso, ficamos de um lado para outro sem rumo e no final não vivemos a espiritualidade do natal. Se colocarmos o nascimento do Menino-Jesus no centro de nossas confraternizações, no encontro com nossos familiares e amigos, assim, então ganhamos um novo sentido de celebrar uma alegria irradiante, pois para nós brilhou a luz naquela noite. A esperança nasce para os povos, os humildes que esperam o cumprimento da profecia.
A Igreja em todo o mundo celebra o natal do Senhor Jesus no dia 25 de dezembro com muito júbilo. A aclamação que nós não cantamos no tempo do advento, na noite da alegria cantamos com todos os anjos, santos e povos: ALELUIA! 
Portanto, irmãos e irmãs, celebremos o natal que é uma festa de alegria cristã, de encanto, de júbilo. Nasceu para nós o Salvador: frágil, porém amado e esperado; humilde, porém valoroso e reverenciado. Ele é para todos os povos: “Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz” (Is. 9,5).
         Acolhamos o nascimento do Menino-Jesus no coração transbordante de uma alegria nova!
 
Seminarista Ednaldo de Souza Costa

Há poderes e forças que produzem a cultura do descarte: Papa Francisco, recebendo Delegação do Instituto "Dignitatis Humanae"




RealAudioMP3 
Neste sábado de manhã, Papa Francisco recebeu também uma Delegação de 200 pessoas do Instituto “Pro dignitatis humanae”, que se propõe promover a dignidade humana tendo como base a verdade fundamental que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. 

Infelizmente, neste nosso tempo – observou o Santo Padre – “não faltam poderes e forças que acabam por produzir uma cultura do descarto – que tende a tornar-se uma mentalidade comum”:
“as vítimas dessa cultura são precisamente os seres humanos mais débeis e frágeis – os nascituros, os mais pobres, os velhos doentes, os deficientes graves… - que correm o risco de ser postos de lado, expulsos da parte de uma engrenagem que tem que ser eficiente a todo o custo.” 

Trata-se de um “falso modelo de homem e de sociedade” que promove “um ateísmo prático “. 

Seguindo a “bússola” que a Doutrina Social da Igreja constitui, há que promover uma visão integral do homem e defender a liberdade religiosa, a vida em todas as suas fases, o direito ao trabalho e ao trabalho decente, a família, a educação”…

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Natal é deixar-se encontrar por Jesus – o Papa Francisco na missa desta segunda-feira


RealAudioMP3 
Preparar-se para o Natal em oração e caridade - com um coração aberto que se deixa encontrar com o Senhor que tudo renova. Esta a principal mensagem do Papa Francisco na Missa na Capela da Casa de Santa Marta nesta primeira segunda-feira de Advento.
Comentando a passagem do Evangelho em que o centurião romano pede com grande fé a Jesus a cura do seu servo, o Santo Padre recordou que nestes dias começamos um novo caminho, um caminho de Igreja até ao Natal. O Natal que não é só mais um acontecimento mas um encontro com o Senhor:
“O Natal é algo mais: nós vamos por este caminho para encontrar o Senhor. O Natal é um encontro! E caminhamos para o encontrar: encontrá-lo com o coração, com a vida; encontrá-lo vivo como ele é; encontrá-lo com fé. E não é fácil viver com fé. O Senhor, nesta palavra que ouvimos maravilhou-se com este centurião: maravilhou-se da fé que ele tinha. Ele tinha feito um caminho para encontrar o Senhor, mas tinha-o feito com fé. Por isso não só ele encontrou o Senhor, mas sentiu a alegria de ser encontrado pelo Senhor. E este é mesmo o encontro que nós queremos: o encontro da fé!”

“Nós estamos em caminho com a fé deste centurião, para encontrar o Senhor e principalmente para deixarmo-nos encontrar por Ele.”
“Coração aberto, para que Ele me encontre! E me diga aquilo que Ele me quer dizer, que nem sempre é aquilo que eu quero que me diga! Ele é o Senhor e Ele me dirá aquilo que tem para mim, porque o Senhor não nos olha todos juntos, como uma massa. Não! Olha para cada um de nós, nos olhos, porque o amor não é um amor abstrato: é amor concreto! De pessoa a pessoa: o Senhor pessoa olha para mim pessoa. Deixarmo-nos encontrar pelo Senhor é precisamente isto: deixarmo-nos amar pelo Senhor!” (RS)

Projecto de peregrinação à Terra Santa abordada no colóquio do Papa com Benjamim Netanyahu




RealAudioMP3 
O Santo Padre recebeu também, nesta segunda-feira de manhã, em audiência, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. É a segunda vez que se encontra pessoalmente com um Papa, depois do colóquio tido em Nazareth, em maio de 2009, com Bento XVI, aquando da sua visita à Terra Santa. 
Nessa altura, para além do processo de paz no Médio Oriente, foram abordados temas tratados pela Comissão bilateral existente entre Israel e a Sé Apostólica para a aplicação do Acordo Fundamental, Comissão criada em 1993, ainda antes do estabelecimento de relações diplomáticas, que teve lugar em junho de 1994.
Sobre esta audiência do Papa ao primeiro-ministro de Israel, no comunicado oficial entretanto divulgado se informa que, sucessivamente, se encontrou com o Secretário de Estado, D. Pietro Parolin, acompanhado pelo subsecretário para as Relações com os Estados, D. Antoine Camilleri. Nos colóquios, foi abordada a complexa situação política e social do Médio Oriente, com especial referência ao retomar das negociações entre israelitas e palestinianos, fazendo votos de que se possa chegar sem mais tardar a uma solução justa e duradoura, no respeito pelos direitos de ambas as Partes.
Para além de uma referência ao projecto de peregrinação do Santo Padre à Terra Santa, forem abordadas algumas questões que dizem respeito às Autoridades estatais e as comunidades católicas locais, assim como entre o Estado de Israel e a Santa Sé, fazendo-se votos de uma rápida conclusão do Acordo desde há muito em preparação.