quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 19 DE DEZEMBRO


Anúncio do nascimento de João Batista - Lc 1,5-25

No tempo de Herodes, rei da Judeia, havia um sacerdote, chamado Zacaria... Sua esposa ... chamava-se Isabel. Ambos eram justos diante de Deus e cumpriam fielmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade avançada. Ao exercer as funções sacerdotais diante de Deus, (...) apareceu-lhe o anjo do Senhor e lhe disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho, e tu lhe porás o nome de João. [...] Zacarias disse ao anjo: “Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada”. O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel [...] Eu fui enviado para falar contigo e anunciar-te esta boa nova. E agora, ficarás mudo, sem poder falar até o dia em que estas coisas acontecerem, já que não acreditaste nas minhas palavras, que se cumprirão no tempo certo”. O povo estava esperando Zacarias e se admirava com sua demora no Santuário. Quando saiu, não podia falar, e perceberam que ele tivera uma visão no Santuário. Zacarias se comunicava com eles por meio de gestos e permanecia mudo. Passados os dias do seu ofício, ele voltou para casa. Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida e permaneceu escondida durante cinco meses; ela dizia: “Assim o Senhor fez comigo nestes dias: ele dignou-se tirar a vergonha que pesava sobre mim”.

SANTO DO DIA 19 de Dezembro - Santo Urbano V

Santo Urbano V
Papa
1362-1370

O Papa Urbano V assumiu o cargo em 1362, numa época em que a Europa sofria agitações sociais muito intensas. Numa tentativa de manter o pontífice longe das intrigas e das lutas políticas e revolucionárias, que dominavam Roma, a sede da Igreja fôra transferida para Avignon, na França. 

Urbano era monge beneditino e pertencia a uma nobre família francesa. Quando jovem estudou ciências jurídicas e depois lecionou direito em Montpellier e na própria Avignon. Um dia, trocou a laureada toga pelo humilde hábito de monge, chegando a ocupar altos cargos dentro da Ordem beneditina.

Sua biografia é cheia de adjetivos elogiosos: "professor emérito, estudioso de renome, abade de iluminada doutrina e espiritualidade". Por tudo isso foi escolhido pelo Papa Inocêncio IV para desempenhar missões diplomáticas delicadas. Pelo mesmo motivo, quando Inocêncio morreu, foi eleito seu sucessor, mesmo não sendo cardeal.

Seu pontificado durou somente oito anos, mas caracterizou-se, segundo os registros oficiais, pela sábia administração, pelo esforço de renovar os costumes e pela nobreza de intenções. Ele reformou a disciplina eclesiástica e reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã, cortando pela raiz muitos abusos. Mas também se preocupava com a instrução do povo. Era o período do humanismo e o ex-professor de direito não mediu esforços para promover as ciências e criar novos centros de estudos. A pedido do rei da Polônia, ergueu e fundou a universidade da Cracóvia e, na universidade de Montpellier, fundou um colégio médico, ajudando pessoalmente estudantes pobres.

No terreno político e militar seu trabalho também foi reconhecido. Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ameaçavam a Europa. No plano missionário, enviou numerosos grupos de religiosos às regiões européias ainda necessitadas de evangelizadores, como a Bulgária e a Romênia. Além de organizar uma expedição missionária para levar a palavra aos mongóis da longínqua Ásia.

O grande sonho do Papa Urbano V, porém, era levar de volta a sede da Igreja para Roma. Conseguiu isso, em outubro de 1367, sendo recebido com entusiasmada aclamação popular. Foi o primeiro a se estabelecer no palácio ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. E, desde então, se tornou a residência oficial dos pontífices. Mas a paz durou pouco. Alguns anos depois Urbano V foi novamente obrigado a deixar Roma, e voltar para Avignon, onde faleceu em 19 de dezembro de 1370.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Igreja não é um refugio para gente triste, é a casa da Alegria - Papa no Angelus




RealAudioMP3 

Neste terceiro domingo do Advento, designado Domingo da Alegria, não obstante a chuva e o frio, a Praça de São Pedro estava repleta também de crianças dos oratórios, paróquias, e escolas de Roma com as suas estatuínhas do Meninos Jesus para serem benzidos pelo Papa antes de serem colocados nos presépios. E a elas o Papa dirigiu uma especial saudação depois da Oração mariana do Angelus, pedindo-lhes para se recordarem dele quando rezarem perante o Presépio, assim como ele também se recorda delas… 

E neste período de Advento centrado na espera do nascimento do Deus Menino, foi precisamente sobre o convite à alegria que ressoa na liturgia deste domingo, que o Papa centrou a sua reflexão antes da oração das Avé Marias, dizendo que tal como uma mãe, a Igreja encoraja a prosseguir com confiança o itinerário espiritual para podermos celebrar com renovada exultação a festa do Natal. 

Recordando que a mensagem cristã se chama “Evangelho”, que quer dizer “Boa Nova”, é um anuncio de alegria para todos, o Papa disse: 

A Igreja não é um refugio para gente triste, a Igreja é a casa da alegria. “

Citando depois o profeta Isaias, o Papa disse que não se trata duma alegria qualquer; é uma alegria que vem do saber que todos somos amados, que Deus veio para nos salvar, sobretudo os que se encontram desviados de coração. Ele vem para nos tornar robustos, firmes, para nos dar coragem, para fazer florescer o deserto e a estepe, isto é a nossa vida quando se torna árida, sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor… 

E por maior que sejam os nossos limites não nos é consentido ser fracos, vacilar – frisou o Papa, recordando que não devemos nunca temer porque o nosso Deus mostra-nos sempre a grandeza da sua misericórdia. Com a sua ajuda podemos sempre recomeçar, reabrir os olhos, ultrapassar a tristeza e as lágrimas e entoar um cântico novo. Podemos recomeçar, insistiu o Papa, fazendo notar mais uma vez que não obstante os nossos pecados, Deus é misericordioso para connosco… 

E essa alegria do encontro com Deus, permanece sempre, mesmo nas provações, e vai ao profundo do coração de quem se entrega a Deus e confia n’Ele… 

A alegria cristã, tal como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas” . 

O Papa disse ainda que quem encontrou Cristo na sua vida, sente uma grande serenidade e uma alegria de que ninguém lhes pode privar… 

A nossa alegria é Cristo, o seu amor fiel e inexaurível”. Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. E nesse caso é preciso não deixá-lo só. Devemos rezar por ele, fazer-lhe sentir o calor da comunidade” . 

E o Papa rezou a Nossa Senhora a quem o Anjo disse “Alegra-te ó cheia de Graça, o Senhor está contigo” para que nos ajude a viver na alegria do Evangelho na nossa família, no trabalho, paróquia e em qualquer contexto… Aquele alegria e ternura que qualquer mãe sente quando olha para o seu recém-nascido, um dom de Deus pelo qual agradecer. 

Como dizíamos, depois do Angelus o Papa saudou as crianças . Mas saudou também um grupo de jovens da Zâmbia, desejando que se tornem “Pedras vivas” para construir uma sociedade humana, desejo que alargou a todos os outros jovens presentes.

Depois do Angelus o Papa deslocou-se à Aula das Bênçãos para saudar a comunidade de Vila Nazaré que ali tinha celebrado a Santa Missa. 

RealAudioMP3 

Papa recebe peregrinos da Baviera e agradece a Árvore deste Natal




RealAudioMP3 
Desde há dias que se encontra montada na praça de São Pedro, como é tradição, a Árvore de Natal, este ano oferecida pela cidade Waldmunchen, da Baviera. Ao anoitecer, pelas 16.30, procedeu-se-á ao acender das luzes que a ornamentam.

Ao meio-dia, o Santo Padre recebeu no Palácio do Vaticano umas 350 alemães da Baviera, vindos a Roma em peregrinação, nesta circunstância. Para além das autoridades civis, presentes também o bispo de Regensburg, na Alemanha, e o da diocese checa do outro lado da fronteira, a diocese de Plzen. Isto porque – como teve ocasião de observar o Papa – esta árvore é “internacional” – tendo crescido mesmo na zona fronteiriça. 

Agradecendo este dom – assim como outros pinheiros mais pequenos, destinados a diferentes locais do Vaticano – o santo Padre evocou “a proximidade espiritual e a amizade que ligam toda a Alemanha, e em particular a Baviera, à Santa Sé, no suco da tradição cristã que fecundou a cultura, a literatura e a arte – disse – da vossa nação e de toda a Europa”.

O Papa Francisco quis desejar, desde já, a todos feliz Natal. Os pastores que receberam o anúncio do nascimento do Salvador foram –segundo o Evangelho – envolvidos numa grande luz…

Também hoje Jesus continua a dissipar as trevas do erro e do pecado, para comunicar à humanidade a alegria da fulgurante luz divina, da qual a árvore natalícia é sinal e apelo. Deixemo-nos envolver pela luz da sua verdade, para que ‘a alegria do Evangelho encha o coração e toda a vida daqueles que se encontram com Jesus”. 


A árvore de Natal é um abeto, que tinha chegado há uma semana à Praça de São Pedro. Com 25 metros de altura, com 98 cm de base e 7,2 toneladas de peso, foi cortado na segunda-feira (02) e já está a caminho de Roma. Após o Natal a árvore será desmontada e a madeira do tronco, como acontece há já alguns anos, será utilizada para realizar pequenos objetos de uso quotidiano e brinquedos.


Papa visita Centro de Saúde para Crianças, no Vaticano, encontrando famílias e voluntários




RealAudioMP3 
Há no Vaticano, quase ao lado da Casa de Santa Marta, um Centro de Saúde destinado às crianças – o Dispensário Pediátrico Santa Marta. Uma instituição criada em 1922, confiada pelo Papa Pio XI à responsabilidade das Irmãs de São Vicente de Paulo. Ali são assistidos milhares de crianças carecidas: assistência médica, apoio psicológico e distribuição de bens de primeira necessidade. 
Ali se deslocou hoje em visita o Papa Francisco, que se encontrou depois, num segundo momento, na Aula Paulo VI, com as famílias e os voluntários. A saudar o Papa Francisco, nesta visita, para além da Responsável, Irmã Antonieta, foi uma mãe de família, peruana, que concluiu falando em espanhol… 

Muy buenos dias, Papa Francisco! Muchissimas gracias por regalarnos esta mañana… Muchas gracias, Santo Padre y feliz Navidad

O Papa esteve com as pessoas, com a simplicidade e o afecto que todos lhe conhecem, concluindo dizendo apenas uma palavra de obrigado por este encontro, pelo amor e pela alegria manifestada com estas crianças… e mesmo pela torta que lhe ofereceram…

Grazie….

Atualmente são 270 as famílias que beneficiam dos serviços deste Centro de Saúde. Só neste ano de 2013 registaram-se 3.500 consultadas médicas, asseguradas pelos 22 médicos que ali prestam serviço como voluntários, e ainda 120 colóquios com novas famílias que se apresentaram. Os beneficiários provêm de todo o mundo (com destaque para a América Latina, Leste Europeu, Médio Oriente e Ásia) e professam diversas religiões. Bento XVI visitou esta Instituição em Dezembro de 2005. ~




EVANGELHO DO DIA 16 DE DEZENBRO

ANO A - DIA 16/12


A autoridade de Jesus - Mt 21,23-27

Jesus voltou ao templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele, perguntando: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu essa autoridade?” Jesus respondeu-lhes: “Eu também vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço isso. De onde era o batismo de João, do céu ou dos homens?” Eles ponderavam entre si: “Se respondermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ Se respondermos: ‘Dos homens’, ficamos com medo do povo, pois todos têm João em conta de profeta”. Então lhe responderam: “Não sabemos”. Ao que ele retrucou: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

SANTO DO DIA 16 de Dezembro - Santa Adelaide

Santa Adelaide
Século X

Narrada por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos.

Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino.

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo, o abade passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.